Eu faria tudo novamente e, na próxima encarnação, voltarei Engenheira

No Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência queremos incentivar você a trilhar uma carreira de sucesso

De acordo com as Nações Unidas, as mulheres representam um terço (33%) dos pesquisadores em nível global. Por outro lado, na América Latina e Caribe, segundo o relatório “Uma equação desequilibrada: aumentar a participação das mulheres na STEM na LAC”, publicado em 2022 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, em parceria com o Escritório Regional da UNESCO para a Ciência na América Latina e Caribe, na ALC, 46% dos pesquisadores são mulheres, muito acima da taxa global de 33%. 

São por esses e outros números que, em 2015, a Assembleia das Nações Unidas instituiu o dia 11 de fevereiro como o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência. Sob a liderança da Unesco e da ONU Mulheres, a data tem como objetivo dar visibilidade ao papel e às contribuições fundamentais das mulheres nas áreas de pesquisa científica e tecnológica. 

“As mulheres sempre estiverem presentes no campo da ciência. Na Engenharia, que por muito tempo foi considerada uma profissão masculina, a atuação feminina tem se intensificado, principalmente, na Engenharia de Energias”, conta Ana Cristina Fermino Deschamps, mestre em Engenharia Elétrica e doutoranda em Eletrônica de Potência, além de professora nos cursos de graduação em Engenharia Automotiva e Engenharia de Energias das Faculdades da Indústria. 

Presença feminina cresce em áreas como Energia Solar e Eólica 

Trazendo o foco para o mercado de trabalho, Ana Cristina conta que, em novas áreas, como a Energia Eólica e Solar, já vemos aumentar a presença feminina no setor. 

“Tem sido muito comum a presença feminina tanto na área de gestão, quanto na área técnica. Tenho percebido um aumento considerável de mulheres atuando na Engenharia Elétrica e suas subáreas. Tenho, no momento, duas ex-alunas fazendo mestrado e, no mercado de trabalho, são muitas Engenheiras em todas as modalidades”, diz Ana Cristina. “A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), a Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar) e diversas empresas do setor contam com uma forte presença feminina nos seus quadros”, acrescenta. 

Paraná é 3º no ranking com presença feminina no setor industrial 

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), referentes a 2022, o Paraná é o quarto estado brasileiro que mais empregou trabalhadores na indústria, fechando o ano com 15.271 posto de trabalho, atrás apenas de Rio Grande do Sul (22.279), Minas Gerais (27.348) e São Paulo na liderança (72.823).  

Se olharmos o recorte pelo ponto de vista da participação das mulheres, o Paraná sobe para a 3ª posição no ranking, com 47% de mulheres empregadas no setor industrial, à frente de São Paulo (42%), e atrás apenas de Rio Grande do Sul (51%) e Minas Gerais (50%). 

Pesquisadora como profissão 

Neste 11 de fevereiro, lembramos o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência com a trajetória inspiradora da professora Ana Cristina Fermino Deschamps como pesquisadora.  

Engenheira Eletricista nata, Ana Cristina escolhei trilhar sua carreira inspirada pelo pai, Eletrotécnico, e incentivada por sua mãe, que a apoiou na escolha do Curso Técnico em Eletrônica na antiga Escola Técnica Federal de Santa Catarina (ETFSC), em Florianópolis. “Daí para frente, segui o caminho natural na Engenharia Elétrica”, comenta. 

Como pesquisadora, Ana Cristina iniciou sua carreira na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) como bolsista no Departamento de Engenharia Química, num projeto em parceria com a Petrobras para a avaliação da corrosão eletroquímica em dutos de petróleo. 

“Fui bolsista de iniciação científica no Departamento de Engenharia Elétrica (DEE), no Instituto de Eletrônica de Potência (Inep), atuando no desenvolvimento de um software de simulação de conversores eletrônicos de energia e, terminada a graduação, fui bolsista de Mestrado no Grupo de Concepção e Análise de Dispositivos Eletromagnéticos (Grucad) onde desenvolvi um software para o cálculo de campos eletromagnéticos em dispositivos 2D”, revela. 

Atualmente no doutorado, a professora Ana Cristina Fermino Deschamps está desenvolvendo um conversor eletrônico de energia no Laboratório de Processamento Eletrônico de Energia (LPEE), do Departamento de Engenharia Elétrica (Daelt), na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). 

Siga o exemplo e comece a sua carreira de sucesso com as Faculdades da Indústria 

“Como disse Fernando Pessoa, meu poeta favorito, ‘tudo vale a pena, se a alma não é pequena'. "Eu faria tudo novamente e, na próxima encarnação, voltarei Engenheira”, diz a pesquisadora. 

Você também pode trilhar uma carreira no mundo da pesquisa, assim como a professora Ana Cristina e muitas outras mulheres, colaborando para aumentarmos, cada vez mais, os índices femininos nos rankings de pesquisadores globais e para América Latina e Caribe, como trouxemos no início desse texto.

Você pode começar agora! 

Até o dia 17 de março de 2023 estão abertas as inscrições para a prova on-line do Vestibular de Verão 2023 das Faculdades da Indústria. A prova poderá ser realizada logo após a inscrição do usuário ou assim que desejar, com usuário e senha do candidato.  

Você também pode usar a sua nota do ENEM